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Apesar das condições climáticas adversas para a cultura do trigo, registradas nos últimos dias, o desenvolvimento das lavouras deste cereal prossegue dentro da normalidade no Rio Grande do Sul, conforme informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar nessa quinta-feira (26/09). Dos cerca de um milhão de hectares semeados nesta safra, cerca de 80% da área cultivada encontram-se em floração e enchimento de grãos, fases em que se define o potencial de rendimento das lavouras. Até o momento, a cultura do trigo apresenta boa condição sanitária e indicativos de uma colheita dentro do esperado. 

 

Conforme informações coletadas a campo pela Emater/RS-Ascar, os danos causados à cultura do trigo pelas geadas foram, até o momento, pontuais e de baixa intensidade, afetando principalmente as lavouras do cedo e em áreas baixas. Com relação ao granizo, a ocorrência deste fenômeno não afetou de forma significativa o cereal, sendo registrados apenas casos de espigas avariadas. Já o excesso de chuvas – situação não desejável ao trigo, tendo em vista a fase em que se encontra a cultura – tem deixado os triticultores atentos com relação à ocorrência da giberella, doença cujo surgimento é favorecido pela alta umidade. 

Numa primeira avaliação feita pelos técnicos da Instituição, os danos causados ao trigo pelas intempéries são considerados pequenos e não têm grandes reflexos na produção do Estado como um todo. Uma análise mais criteriosa e a quantificação de possíveis perdas só serão realizadas nos próximos dias. 

Com relação aos preços do trigo, as cotações permaneceram estáveis nesta semana, mantendo o valor médio da saca de 60 kg em R$ 39,70. Em algumas localidades e regiões, o trigo disponível está com valores entre R$ 50,00 e R$ 55,00 por saca, como referência em Cruz Alta e Erechim. 

Situação semelhante à da lavoura de trigo também foi percebida nas demais culturas de inverno, como a canola e a cevada. Nesta, houve lento desenvolvimento na semana, em razão das condições meteorológicas ocorridas. De forma geral, a lavoura apresenta bom padrão, e a estimativa é que o rendimento médio seja igual ou acima do projetado inicialmente, de 2,9 toneladas por hectare. Já para a canola, as geadas e as temperaturas próximas de zero causaram pequenas perdas em áreas pontuais de alguns municípios. O potencial produtivo poderá ser afetado em parte e já surgem alguns pedidos de Proagro no Noroeste do Estado. Para as lavouras colhidas antes das chuvas, a produtividade foi considerada satisfatória. 

 

Fonte: Emater/RS