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Precipitações podem não se confirmar, mas mercado assumiu risco.

Pressionados pela previsão de chuva para a Argentina e o Sul do Brasil, os contratos futuros da soja fecharam os negócios no lado vermelho da tabela pela primeira vez desde a quinta-feira passada (31). No entanto, as desvalorizações não chegaram a dois dígitos para os vencimentos de maior liquidez na Bolsa de Chicago. A sessão desta quarta-feira (06) terminou com o contrato mar/13 cotado a US$ 14,8750 (-8 pontos) e o mai/13 valendo US$ 14,7725 (-8,5 pontos). Além dos mapas um pouco mais favoráveis, a queda do milho – consequência da demanda mais fraca – também pesou sobre os preços da oleaginosa.

É verdade que para os próximos dias os mapas mostram apenas precipitações leves para o Rio Grande do Sul e o cinturão produtor argentino. No primeiro, o acumulado alcança 50 mm, mas no caso do segundo são esperados apenas 20 mm, e somente em pontos isolados. As previsões mais distantes, no entanto, já trazem muito mais umidade para a região. As lavouras gaúchas devem receber até 200 mm a partir da segunda metade do mês, mesmo volume previsto para o norte da província de Santa Fe, na Argentina. Para o norte de Buenos Aires e o sul de Córdoba e Santa Fe – região que concentra a produção de soja do país –, são esperados 100 mm.

O volume pode não ser tão expressivo, mas é mais do que as lavouras da região viram nas últimas semanas. Por outro lado, se mesmo as previsões mais próximas têm mudado com frequência, que dirá as distantes. De qualquer forma, sabendo que a previsão pode não se confirmar, os investidores preferiram arcar com as consequências e na sessão de hoje fizeram uma pequena realização de lucros. A queda não foi maior porque a demanda tem dado suporte aos preços. Amanhã o USDA divulga seu relatório semanal de vendas externas, e as estimativas do mercado são otimistas, indo de 800 mil a 1,3 milhão de toneladas. Na semana passada, as vendas chegaram a 1,25 milhão de toneladas.

Por AgRural